Bia Barbosa, do DiraCom, é reeleita para representar 3o setor no CGI.br

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Resultado das eleições do Comitê Gestor da Internet no Brasil foram divulgados neste dia 04. Atual conselheira do CGI.br, Bia contou com o apoio da Coalizão Direitos na Rede e de dezenas de organizações para um novo mandato, que começará em 2024.

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) divulgou nesta 2a feira (04/12) o resultado preliminar do processo eleitoral de escolha de seus representantes não-governamentais. Eleitos por votação direta em seus respectivos colégios eleitorais, os 11 novos conselheiros (4 representando o 3o setor, 4 representando as empresas e 3 a comunidade técnico-científica) iniciarão um mandato de três anos em 2024, após nomeação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Bia Barbosa, uma das diretoras do DiraCom – Direito à Comunicação e Democracia, foi escolhida entre as quatro representantes do 3o setor para a futura gestão do CGI.br. Ela contou com o apoio da Coalizão Direitos na Rede, da qual o DiraCom faz parte, e de dezenas de outras organizações de defesa da liberdade de expressão, do jornalismo, de direitos humanos, da educação e do mundo sindical. Também foram eleitos pelo 3o setor a advogada e pesquisadora Bianca Kremer, o professor Rodolfo Avelino e o também conselheiro do CGI.br, Percival Henriques.

Bia Barbosa é jornalista e atua há 25 anos na defesa da liberdade de expressão e de uma esfera pública de debates plural, diversa e democrática, tendo se dedicado a pesquisas e incidência em temas como regulação dos meios de comunicação e das plataformas digitais. Participou ativamente da construção e aprovação do Marco Civil da Internet e da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais no Congresso Nacional.

Como conselheira do CGI.br eleita em 2020, Bia coordena a Câmara Temática de Universalização e Inclusão Digital e o Programa Youth, que promove a inclusão de jovens na governança da internet. Também participou das comissões de programação dos seminários do CGI sobre privacidade e proteção de dados e integra os GTs do FIB, de regulação de plataformas e de diversidade. Neste período, coorganizou duas edições da publicação “TIC, governança da internet, gênero, raça e diversidade” e a recém-lançada “Agenda de Gênero, Raça e Diversidade”, com propostas de ação para a promoção das diversidades nas TICs.

Para o próximo mandato no CGI.br, Bia assumiu os compromissos trazidos pela “Plataforma em defesa dos direitos digitais: por uma Internet livre, inclusiva, plural, democrática e participativa”, também subscrita por Bianca Kremer e Rodolfo Avelino. Entre as principais reivindicações da plataforma estão:

- Acesso democrático e universal à infraestrutura de telecomunicações e ao serviço de conexão à Internet, com vistas a assegurar uma conectividade significativa a todas as pessoas;

- Proteção da privacidade e dos dados pessoais, com a manutenção dos direitos estabelecidos no Marco Civil da Internet e na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, entre outras legislações que tratam do tema;

- Liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento: por uma regulação pública democrática das plataformas digitais;

- Regulação das aplicações de Inteligência Artificial sob a ótica dos direitos humanos e digitais;

- Soberania tecnológica e digital e apoio a tecnologias livres;

- Defesa do multissetorialismo e de uma governança global da internet efetivamente participativa; e

- Aumento da diversidade, transparência e dos espaços de participação no CGI.br.